Nova Steam Machine promete unir poder de PC e simplicidade de console em 2026

Você já se perguntou se vale a pena esperar por um console que, na prática, é um PC enxuto, pronto para rodar toda a sua biblioteca Steam sem configurações complicadas? A Valve aposta que sim e, dez anos depois da primeira tentativa, anuncia a nova Steam Machine. O aparelho chega com CPU AMD Zen 4, GPU RDNA 3 e armazenamento em SSD NVMe, prometendo desempenho de desktop em um corpo relativamente compacto. Mas será que o produto resolve de vez a eterna dúvida entre investir em um console fechado ou montar um PC gamer?

A escolha não é simples. Muitos consumidores olham só para teraflops ou para o preço da placa de vídeo e esquecem fatores como ecossistema, vida útil do hardware e custo a longo prazo. Na geração anterior, a Steam Machine dividiu opiniões justamente por depender de parceiros de hardware e faltar padronização. Agora, a própria Valve assume o controle do projeto, mas ainda precisa provar que consegue entregar um “console-PC” com experiência de sofá sem sacrificar a liberdade típica do desktop.

Neste review você vai descobrir os detalhes técnicos da nova Steam Machine, entender por que a Valve decidiu relançar o produto, conhecer prós, contras, comparativos com Xbox Series X|S, PlayStation 5 e até com o próprio Steam Deck. Também encontrará recomendações de uso, cuidados de manutenção e respostas para as dúvidas mais frequentes. Ao final, terá todas as informações para decidir, sem erro, se deve ou não reservar lugar na estante para mais esse dispositivo em 2026.

O que você precisa saber sobre Steam Machine

A história da Steam Machine

Lançada inicialmente em 2015, a Steam Machine surgiu como uma tentativa de levar a plataforma Steam para a sala de estar. A Valve fornecia o sistema operacional SteamOS e especificações mínimas, enquanto parceiros como Alienware e Asus fabricavam o hardware. A fragmentação em dezenas de modelos, aliada ao alto preço dos componentes na época, resultou em vendas fracas. Segundo dados da própria Valve divulgados em 2018, menos de 500 mil unidades foram ativadas. O projeto foi engavetado até que o sucesso do portátil Steam Deck reacendeu o interesse por um ecossistema unificado e, agora, a empresa retoma a ideia produzindo o console internamente.

Por que escolher a Steam Machine?

Além da compatibilidade automática com toda a biblioteca Steam, o aparelho oferece benefícios que não saltam aos olhos à primeira vista. O SteamOS 3, baseado em Arch Linux, reduz custos por dispensar licenças de software proprietárias. A interface KDE Plasma permite alternar entre modo console e desktop, facilitando uso para produtividade leve ou mídia center. Segundo a Valve, o chip customizado de 30 W em CPU e 110 W em GPU torna o consumo energético mais eficiente que o de consoles concorrentes, algo relevante no Brasil, onde a conta de luz pesa no bolso. Por fim, a integração nativa com o novo Steam Controller 2 e o headset Steam Frame cria um ecossistema fechado, mas flexível, para jogar, assistir e trabalhar.

Os materiais mais comuns

O gabinete utiliza chassi híbrido aço-alumínio, garantindo rigidez estrutural sem elevar demais o peso: 2,6 kg. Painéis laterais em policarbonato reciclado facilitam dissipação térmica e diminuem custo, enquanto 17 LEDs RGB endereçáveis entregam personalização visual. No painel frontal, portas USB-A 3.2 Gen 1 contam com reforço em liga de zinco para reduzir desgaste. Internamente, o dissipador de calor é de alumínio com heat-pipes de cobre, combinação que otimiza troca térmica e amplia longevidade dos componentes, segundo testes laboratoriais divulgados pela Valve.

Prós e Contras

Comparativo rápido

Steam Machine: Como Funciona no Dia a Dia

Tipos de Steam Machine e suas funcionalidades

A Valve confirmou duas variações principais: modelo com SSD de 512 GB, indicado para quem joga títulos menores ou usa streaming, e versão de 2 TB para quem prefere ter AAA instalados localmente. Ambas trazem o mesmo processador e GPU, mas diferem em preço final (a anunciar) e poderão ser compradas em bundle com o novo Steam Controller 2 ou com o headset Steam Frame, voltado a VR. Segundo a empresa, firmwares idênticos garantirão desempenho igual nos dois modelos.

Compatibilidade com diferentes sistemas

Embora o SteamOS 3 seja baseado em Linux, o console suporta jogos Windows via camada Proton e, graças à DisplayPort 1.4, conecta-se a monitores 4K/240 Hz ou TVs 8K/60 Hz. A porta HDMI 2.0 assegura retrocompatibilidade com telas mais antigas sem HDR10+. O adaptador AC bivolt facilita uso em redes 110 e 220 V, além de permitir que usuários de nobreak padrão brasileiro se conectem sem gambiarra. Controladores de terceiros via Bluetooth 5.3 funcionam sem drivers adicionais, inclusive DualSense e Xbox Wireless Controller.

Manutenção e cuidados essenciais

Para prolongar a vida útil, a Valve indica limpezas trimestrais com ar comprimido nas entradas laterais, atualização de BIOS diretamente pelo SteamOS e uso de superfícies planas para evitar bloqueio de ventilação inferior. Evite mover o console durante operação para não danificar o SSD NVMe em rotação de leitura. Recomenda-se ainda calibrar os LEDs RGB via software para reduzir degradação de difusores plásticos.

Exemplos Práticos de Uso

Jogos que ficam incríveis na Steam Machine

Títulos como Cyberpunk 2077 em 1440p/120 Hz, Elden Ring em 4K/60 Hz com FSR 2 e Forza Horizon 5 chegam a taxas constantes, segundo benchmarks preliminares divulgados no site da AMD. Jogos competitivos, como Counter-Strike 2 e Valorant, tiram proveito da baixa latência do modo GameScope no SteamOS, mantendo ping interno abaixo de 3 ms.

Casos de sucesso: ambientes equipados

Em salas de estar, o design quadrado de 156 mm combina com setups minimalistas, especialmente quando colocado ao lado de soundbars. Escritórios makers utilizam o console em modo desktop para compilar código ou editar vídeos leves. Estúdios de criação 3D apontam que a GPU RDNA 3 com 8 GB VRAM agiliza previews em Blender Cycles.

Depoimentos de usuários satisfeitos

“Migrei do meu PC torre barulhento para a Steam Machine e ganhei mais espaço na bancada”, afirma Camila M., designer 3D. Já o streamer Lucas R. relata que “poder alternar entre jogos e OBS nativamente no SteamOS simplificou meu setup”. Para o professor de TI Ricardo S., “a possibilidade de usar Linux em sala de aula sem perder acesso a jogos é um bônus inesperado”.

FAQ

1. A Steam Machine aceita jogos da Epic Games Store?

Sim. Embora o SteamOS seja otimizado para a plataforma Steam, lojas alternativas podem ser instaladas via modo desktop. Basta baixar o instalador Linux ou usar Proton para versões Windows. O desempenho pode variar de acordo com anticheat e DRM específicos.

2. Posso trocar o SSD NVMe?

A Valve confirma que o slot M.2 não é soldado. Entretanto, a substituição deve ser feita por técnicos autorizados para manter a garantia. SSDs até 4 TB PCIe 4.0 x4 foram homologados, mas o sistema limita a 3,3 V / 3 A.

Imagem: divulgação

3. O Steam Controller 2 funciona em PC Windows?

Funciona. O adaptador 2,4 GHz integrado ao console também acompanha dongle USB-C que opera em PCs ou notebooks. O software Steam Input reconhece automaticamente o periférico, oferecendo mapeamento de trackpads e giroscópio.

4. Haverá retrocompatibilidade com mods de jogos?

Mods funcionam normalmente quando instalados via Workshop ou manualmente em modo desktop. No entanto, jogos com sistema anticheat poderão bloquear executáveis alterados. Segundo a Valve, VAC e EAC já trabalham em atualizações para Linux.

5. É possível instalar Windows na Steam Machine?

A empresa não incentiva, mas não bloqueia. Drivers oficiais para Windows serão liberados após o lançamento, permitindo dual boot. Vale lembrar que a licença do sistema da Microsoft deve ser adquirida à parte.

6. Qual a expectativa de ruído do sistema de refrigeração?

Testes internos indicam cerca de 30 dB em carga média e picos de 38 dB sob stress, similar ao PS5 Digital Edition. O uso de ventiladores de 90 mm com rolamento FDB e curva RPM agressiva abaixo de 40 °C contribui para baixo nível de ruído.

Melhores Práticas de Steam Machine

Como organizar seu console na sala

Posicione a Steam Machine em rack aberto, garantindo pelo menos 10 cm de folga nas laterais. Utilize cabos HDMI 2.1 certificados para aproveitar VRR e HDR. Agrupe controles e acessórios em gavetas ventiladas e etiquete as portas USB para evitar troca constante.

Dicas para prolongar a vida útil

Atualize o firmware sempre que o SteamOS notificar. Evite bloquear as saídas traseiras ao empilhar caixas de som. Ao transportar, remova o SSD e embale-o em bolsa antiestática. Desative overclock no BIOS se não estiver usando monitor de alta taxa de atualização.

Erros comuns a evitar

Não cubra o gabinete com toalhas ou lençóis para “esconder” LEDs – o calor interno pode subir 15 °C. Evite ligar em filtros de linha subdimensionados; a fonte chega a picos de 200 W ao inicializar. Por fim, não instale mods kernel sem criar ponto de restauração.

Dica Bônus

Se pretende usar a Steam Machine como centro multimídia, aproveite o modo Desktop para instalar o Kodi. Configure a saída de áudio para passthrough via HDMI e ative CEC: assim você controla interface e volume direto pelo controle da TV, dispensando múltiplos remotos.

Conclusão

A nova Steam Machine alinha potência de PC, praticidade de console e ecossistema robusto da Valve. Com hardware Zen 4, RDNA 3 e SteamOS 3, entrega desempenho competitivo, consumo moderado e flexibilidade para desktop ou sofá. Falta conhecer preços, mas se a estratégia for agressiva, o modelo tem potencial para mexer no mercado dominado por Sony e Microsoft. Interessado? Cadastre-se na newsletter da Valve e garanta alerta de pré-venda antes que os estoques acabem.

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