Indice
ToggleEm 17 de fevereiro de 2026, a Nintendo promete reviver um dos capítulos mais controversos da sua história. A companhia confirmou que 14 títulos do Virtual Boy, console de 1995 que amargou fracasso comercial, chegarão ao catálogo do Nintendo Switch Online + Pacote Adicional. Para reproduzir o efeito 3D estereoscópico original, os assinantes precisarão de um novo visor que acomoda tanto o Switch atual quanto o futuro Switch 2. O acessório sairá por US$ 99,99 (aprox. R$ 535), enquanto uma versão em papelão custará US$ 24,99 (R$ 133).
Retro em 3D: como funciona o novo acessório
Segundo dados do fabricante, o visor replica a posição fixa e o sistema de lentes do Virtual Boy, mas adapta-se ao formato retangular dos consoles híbridos. O dispositivo não possui sensores de movimento nem processamento próprio; ele apenas proporciona a ilusão de profundidade por meio de imagens geradas pelo próprio Switch em duas telas virtuais, tal qual o efeito “parallax” conhecido dos anos 1990.
Em termos práticos, basta encaixar o console, ajustar a distância interpupilar e usar controles Joy-Con separados. Para quem busca algo mais econômico, a edição em papelão segue o mesmo conceito do antigo Nintendo Labo VR, porém com estrutura reforçada e instruções térmicas que minimizam fadiga visual — detalhe relevante diante das críticas ao Virtual Boy original.
Impacto para assinantes brasileiros
Nos Estados Unidos e Canadá, o conteúdo estará liberado sem custo adicional além da assinatura do Switch Online + Pacote Adicional. Já no Brasil não há confirmação de disponibilidade. Caso seja liberado em território nacional, o custo anual individual de R$ 299 se soma ao preço do acessório, que deve chegar aqui inflacionado por taxa de importação, ICMS e PIS/Cofins. O resultado pode superar facilmente os R$ 800, lembrando que o gamer brasileiro já paga uma das mais altas cargas tributárias do mundo, reflexo de uma política que onera bens tecnológicos e dificulta o acesso à cultura de jogos.
Sem fabricação local, a Nintendo raramente goza dos benefícios de isenção parcial concedidos a produtos montados na Zona Franca de Manaus, o que reforça a dependência de importadores e aumenta o prazo de entrega. Na prática, consumidores podem avaliar a importação direta ou aguardar por revendedores oficiais, ainda que paguem ágio significativo.
Jogos confirmados
A lista inclui clássicos como Mario Tennis, Wario Land e Teleroboxer. De acordo com a Nintendo, os títulos serão liberados de forma escalonada até 17 de fevereiro. Confira o line-up completo:
- Mario Tennis
- Space Invaders Virtual Collection
- Wario Land
- Galactic Pinball
- Red Alarm
- Teleroboxer
- Jack Bros.
- Vertical Force
- Mario Clash
- Golf
- Virtual Bowling
- Innsmouth no Yakata
- V-Tetris
- 3D Tetris
Comparativo rápido com alternativas de VR
Ao contrário de headsets autônomos como Meta Quest 2 e PlayStation VR 2, o visor da Nintendo não exibe realidade virtual completa, mas sim gráficos em parallax. A ausência de rastreamento de cabeça limita a imersão, porém reduz peso, preço e complexidade. Para quem já possui o Switch, a barreira de entrada é menor, embora o catálogo restrito possa ser fator decisivo contra.

Imagem: divulgação
Tabela de Prós e Contras
Prós | Contras |
---|---|
Preço mais baixo que headsets VR dedicados | Imersão limitada; sem rastreamento de cabeça |
Nostalgia para fãs e preservação histórica de jogos | Disponibilidade incerta no Brasil |
Acessório compatível com Switch e Switch 2 | Necessita assinatura do Pacote Adicional |
Versão em papelão acessível | Line-up restrito a 14 jogos clássicos |
FAQ
- Preciso do visor para jogar? Sim, o efeito 3D depende das lentes; sem o acessório, o game roda em 2D.
- O acessório funciona com qualquer modelo de Switch? Funciona com Switch padrão, Switch OLED e futuro Switch 2.
- Há risco de enjoos? A Nintendo recomenda pausas de 15 minutos a cada meia hora, prática comum em experiências 3D.
- Os jogos terão modo multiplayer online? A empresa não confirmou, mas títulos originais eram solo; ajustes dependem de port.
- Posso comprar o visor no Brasil? Até o momento, apenas via importação; preços e prazos variam.
- Qual a diferença para o Labo VR? O Labo é DIY e usa cardboard; o novo visor tem design inspirado no Virtual Boy, com suporte rígido.
- A assinatura básica do Switch Online basta? Não. É necessário o pacote com expansão, hoje em R$ 299/ano.
- Os jogos ficarão disponíveis para sempre? Permanecem enquanto o usuário estiver com assinatura ativa; a Nintendo pode remover títulos, mas tende a mantê-los para evitar desgaste.
Conclusão
A aposta da Nintendo em repaginar o Virtual Boy oferece nostalgia supervisionada a um custo relativamente baixo frente a headsets VR completos. Contudo, limita-se a um punhado de jogos e exige assinatura premium. Para o público brasileiro, o preço final pode inibir a adoção, agravado pela carga tributária elevada — ponto crítico que precisa de revisão estatal se o país almeja democratizar o acesso ao entretenimento digital. Se você já é assinante e valoriza o resgate histórico, o investimento faz sentido; caso contrário, espere análises práticas após o lançamento.
Dica Bônus
Antes de importar o visor, verifique a classificação Inmetro e as exigências de plugues de carregamento. Adaptadores fora do padrão brasileiro podem causar sobreaquecimento e invalidar garantias.
Links externos confiáveis
Leitura Recomendada: Confira mais reviews em nosso guia de compras
Visite também nossa redes sociais: