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ToggleA procura por lareiras cresceu nos últimos invernos, impulsionada pela busca de conforto térmico e pela valorização estética dos ambientes. Entretanto, acomodar um sistema que lida com fogo — ou altas temperaturas elétricas — exige planejamento técnico rigoroso. A seguir, reunimos os cinco passos essenciais para instalar lareira em casa, com análise objetiva dos principais modelos, pontos de atenção e impactos para o consumidor.
1. Definir objetivo e ambiente evita surpresas
Antes de qualquer obra, é vital estabelecer se a lareira será a fonte principal de aquecimento ou apenas um complemento decorativo. Ambientes amplos pedem equipamentos mais potentes, enquanto cômodos menores podem ser aquecidos por unidades compactas. Além disso, o local deve ter ventilação cruzada e distância mínima de cortinas, tapetes e móveis inflamáveis. Profissionais consultados lembram que, em residências com crianças ou animais, barreiras físicas adicionais são recomendadas.
2. Comparativo entre os quatro tipos de lareira
A escolha do combustível define complexidade de instalação, custo de uso e manutenção. Veja as características de cada opção.
Lareira a lenha – Tradicional, oferece chama real e aroma de madeira. Necessita chaminé com pelo menos quatro metros, isolação de tijolos refratários e espaço para estocagem de lenha seca. Prós: alta potência térmica e baixo custo do combustível em regiões madeireiras. Contras: gera fuligem, demanda limpeza constante e pode liberar fumaça caso a exaustão esteja mal dimensionada.
Lareira a gás – Usa GLP ou GN. Exige ponto de gás, redutor de pressão e teste de estanqueidade. Segundo dados de fabricantes, a eficiência supera 70%, com acendimento rápido. Vantagens: chama real sem fuligem. Desvantagens: instalação obriga mão de obra credenciada, e o custo do gás oscila conforme política de preços estatal.
Lareira elétrica – Dispensa chaminé; basta tomada exclusiva e circuito que suporte a potência. Avaliações indicam consumo médio de 1,5 kWh/h em modelos compactos. Benefícios: instalação simples e ausência de chamas abertas. Limitações: não aquece áreas muito grandes e depende da tarifa de energia, hoje pressionada por bandeiras tarifárias.
Lareira a etanol – Queima álcool específico, sem emissão de fumaça. Testes laboratoriais mostram eficiência térmica de até 90% em modelos fechados. Vantagens: instalação flexível e design minimalista. Pontos negativos: preço elevado do combustível e necessidade de reabastecimento frequente.
3. Exaustão adequada elimina risco de retorno de fumaça
Modelos que geram combustão (lenha e gás) precisam de chaminé livre de obstáculos. A altura mínima recomendada é de quatro metros para garantir tiragem eficiente. Um chapéu de proteção impede vento contrário e entrada de água da chuva. Falhas nesse sistema reduzem a qualidade do ar e podem causar intoxicação por monóxido de carbono.
4. Isolamento térmico protege estrutura e aumenta eficiência
Instalar mantas cerâmicas e tijolos refratários ao redor da câmara de fogo preserva paredes e direciona calor ao ambiente. Engenheiros consultados lembram que pisos suspensos ou lajes antigas podem exigir reforço estrutural, principalmente em lareiras de alvenaria que ultrapassam 200 kg.

Imagem: Blog da taQi
5. Profissional habilitado é investimento, não custo
A contratação de técnico credenciado, além de obrigatória para sistemas a gás, reduz problemas como vazamentos, fissuras e superaquecimento. Segundo o Instituto de Metrologia, instalações fora da norma respondem por grande parte dos incidentes domésticos relacionados a fogo. A mão de obra especializada também assegura validade de garantias oferecidas pelos fabricantes.
FAQ – Perguntas frequentes sobre instalação de lareira
- Posso instalar lareira a lenha em apartamento?
Somente se houver duto individual aprovado pelo condomínio e legislação municipal. - A lareira elétrica aumenta muito a conta de luz?
Depende do tempo de uso. Uma unidade de 1,5 kWh ligada quatro horas/dia gera aproximadamente 180 kWh/mês. - Lareira a etanol precisa de chaminé?
Não, mas o ambiente deve ser ventilado para dissipar vapor d’água e CO₂. - Qual a vida útil média de uma lareira?
Com manutenção anual, modelos em ferro fundido superam 15 anos. - Calefator e lareira são a mesma coisa?
Não. O calefator é fechado, com dupla combustão e eficiência superior a 80%; a lareira tradicional é aberta. - Preciso de autorização legal para instalar lareira a gás?
Sim. As distribuidoras exigem ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) do instalador. - Existe risco de explosão em lareiras a etanol?
Apenas se o combustível for colocado enquanto o recipiente ainda estiver quente. Aguarde resfriamento total. - Quais materiais são proibidos perto da lareira?
Plásticos, tecidos leves, papéis e madeiras não tratadas devem ficar a pelo menos 1 m de distância.
Conclusão
Instalar lareira envolve muito mais que posicionar um belo aparelho na sala: demanda avaliação do ambiente, escolha criteriosa do combustível, exaustão dimensionada, isolamento térmico e mão de obra qualificada. Seguindo os cinco passos detalhados, o consumidor eleva o conforto térmico, reduz gastos com manutenção e protege a família de riscos evitáveis. Para avançar, consulte um especialista e compare orçamentos antes de definir o modelo ideal.
Dica Bônus
Prefira lenha seca com umidade abaixo de 20%; ela queima melhor, gera menos fuligem e amplia a eficiência do sistema. Um simples medidor de umidade pode evitar desperdício e reduzir a necessidade de limpeza da chaminé.
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