SMS ilimitado marcou geração antes do WhatsApp e expôs poder das operadoras

Quem viveu a virada dos anos 2000 para 2010 lembra que enviar mensagens de texto era sinónimo de rapidez e praticidade. Num mercado ainda sem internet móvel difundida, o SMS reinava absoluto e servia de ponte entre celulares, empresas de telefonia e consumidores ansiosos por comunicação instantânea. O modelo de cobrança por mensagem, contudo, limitava o uso e destacava a força reguladora das operadoras.

Como o SMS conquistou os brasileiros

No início da década de 2000, cada torpedo custava mais de R$ 0,30 nas principais companhias. Mesmo assim, o volume de mensagens subia ano após ano. Em 2009, a média nacional alcançou 12 envios mensais por usuário; em 2010, saltou para 21. A ausência de aplicativos gratuitos e a frágil oferta de internet móvel mantinham o consumidor dependente do modelo tarifado, reforçando o papel do livre mercado na expansão do serviço.

Países vizinhos, como Peru e Colômbia, já praticavam valores inferiores, mas a situação local só começou a mudar quando o aumento da concorrência impôs ajustes de preço. Ainda havia espaço para cobranças consideradas elevadas: o envio de MMS, com fotos ou vídeos, chegava a R$ 0,99. Esses números revelam o controle tarifário das operadoras e explicam por que os brasileiros limitavam suas conversas a tópicos curtos.

O auge dos pacotes ilimitados

O ponto de virada chegou em 2011. Pressionadas pelo avanço das redes sociais e pelos primeiros mensageiros online, as operadoras lançaram pacotes de SMS ilimitado a preços populares. Clientes pré-pagos, que representavam mais de 80 % das linhas ativas, passaram a pagar apenas R$ 0,50 por dia para enviar mensagens sem restrição.

A estratégia gerou resultados imediatos. Algumas empresas registraram crescimento de até 250 % no volume de envios. Pacotes promocionais variavam de cem a mil torpedos, e bônus extras apareciam de acordo com o valor da recarga. Era comum receber vantagens adicionais em horários específicos — madrugadas, por exemplo — reforçando hábitos de comunicação entre jovens.

A oferta agressiva estimulou práticas novas, como o sexting, e popularizou mensagens ASCII desenhadas apenas com caracteres do teclado. Serviços complementares informavam, via torpedo, quando algum contato havia telefonado fora do horário comercial, trazendo conveniência ao usuário e receita previsível às empresas.

Queda de popularidade e mudança de foco

Entre 2011 e 2013, o SMS viveu seu ápice. Em dezembro de 2013, uma grande operadora chegou a registrar 1,3 bilhão de mensagens enviadas em um único mês. Porém, o cenário começou a mudar em 2014. Mensageiros que utilizavam dados — WhatsApp, Skype, Viber — avançaram rapidamente, amparados por planos de internet ilimitada que apenas reduziam a velocidade ao fim da franquia.

Quando as operadoras passaram a cortar o acesso de dados após o consumo total, o usuário já havia migrado para plataformas online. O SMS, então, deixou de ser ferramenta cotidiana e se transformou em canal pontual de comunicação entre empresas e clientes, principalmente para status de entrega, autenticação em duas etapas e notificações de serviço.

Hoje, apesar de ainda oferecerem envios ilimitados, as operadoras concentram o SMS em soluções corporativas. O consumidor final, por sua vez, mantém cautela, já que golpes por mensagem se tornaram frequentes.

FAQ – 8 perguntas rápidas sobre o SMS ilimitado

1. O que era o SMS ilimitado?
Pacote que permitia enviar quantas mensagens de texto o cliente quisesse por valor fixo diário ou mensal.

2. Quando esses pacotes surgiram no Brasil?
A partir de 2011, em resposta à pressão dos aplicativos de mensagem e ao crescimento da internet móvel.

3. Quanto custava o serviço?
Em planos pré-pagos, a média era R$ 0,50 por dia; em pós-pagos, cerca de R$ 9,90 por mês.

4. Todas as operadoras ofereciam a modalidade?
Sim. Claro, Vivo, Tim e Oi lançaram pacotes ilimitados ou grandes franquias com preços promocionais.

5. Por que o SMS perdeu espaço?
Aplicativos gratuitos, conectados à internet, entregavam mais funções — envio de mídia, grupos e chamadas de voz — sem custo adicional por mensagem.

6. O SMS ainda é usado?
Sim. Hoje, serve principalmente para comunicações empresariais, códigos de segurança e alertas logísticos.

7. É seguro clicar em links recebidos por SMS?
Não. O usuário deve verificar remetente, contexto e desconfiar de ofertas ou solicitações inesperadas.

8. Posso bloquear SMS indesejado?
As operadoras oferecem serviços de bloqueio; além disso, o consumidor pode registrar o número no sistema Não Me Perturbe.

DICA BÔNUS

Mantenha o chip cadastrado corretamente: assim, mensagens de autenticação chegam sem atraso e reduzem o risco de fraude.

Conclusão

O SMS ilimitado simbolizou a transição de um Brasil com comunicação restrita a um cenário de mobilidade plena. Ao cortar o preço por mensagem, as operadoras expandiram o uso e fortaleceram a competição, mas o avanço tecnológico logo impôs nova realidade. Hoje, o torpedo segue relevante em nichos estratégicos, demonstrando que serviços tradicionais podem se reinventar quando há demanda de mercado e liberdade para inovação.

Para comparar planos de telefonia que ainda incluem SMS em 2024, consulte nosso guia de compras atualizado.

Este texto relembrou a ascensão e a queda do SMS ilimitado, evidenciando como inovação e concorrência definem o rumo dos serviços de telecomunicação. Explore outros conteúdos e descubra como escolher o plano ideal para seu perfil.

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