Um robô humanoide da startup norte-americana REK provocou um episódio de risco em seu laboratório na Califórnia. Durante um teste técnico, o modelo G1 — apelidado de DeREK — interpretou que estava em queda livre e iniciou movimentos de autoproteção que derrubaram a estrutura de sustentação. As imagens, registradas por uma câmera interna e divulgadas em 19 de julho de 2025 pelo funcionário Cix Liv na rede X, viralizaram e reacenderam discussões sobre a segurança de robôs controlados por realidade virtual.
Incidente registrado em vídeo
O vídeo mostra três robôs presos por suportes metálicos no centro do laboratório. Sem aviso, o G1 começa a mover braços e pernas em alta velocidade, balançando o corpo de 35 kg e 1,30 m de altura com força suficiente para soltar o arnês. Cix Liv, sentado a poucos passos, tenta se aproximar, mas recua ao perceber o perigo. Na gravação, é possível ouvir a voz de uma mulher — identificada como a diretora de tecnologia Amanda Watson — questionando o que ocorreu.
Segundo o relato de Liv, alguém executou um programa de movimentação corporal completa enquanto o robô ainda estava suspenso. Sem contato com o solo, o sistema de equilíbrio interno interpretou a situação como uma queda livre e ativou um protocolo de emergência, projetado para proteger a máquina em caso de tombos. O reflexo fez o G1 chutar e girar até derrubar o suporte e bater no chão; a cabeça se desprendeu no impacto, mas os sistemas básicos permaneceram operacionais.
Entenda a falha que ativou o modo de emergência
A REK utiliza sensores inerciais para monitorar posição e aceleração dos robôs. Quando os dados indicam ausência de apoio, o software aciona movimentos rápidos para restabelecer o equilíbrio. Na maioria dos cenários, o mecanismo evita danos; porém, preso por um arnês, o robô não consegue ajustar postura nem cessar o movimento, gerando sequência de golpes descoordenados.
O episódio não ocorreu durante uma luta experimental, mas em um teste de rotina. A startup planeja promover combates entre robôs humanoides controlados por operadores usando headsets de realidade virtual, propondo um esporte sem risco direto para humanos. DeREK chegou a vencer uma luta piloto semanas antes, segundo a empresa. A falha levantou questionamentos sobre os atuais protocolos de segurança, principalmente quando as máquinas são preparadas para contato físico intenso.
Em entrevista após o incidente, Liv afirmou que, mesmo sem a cabeça, o G1 foi capaz de se levantar e andar. A REK não divulgou detalhes sobre danos internos nem estimativa de custos de reparo. Também não foram relatados ferimentos entre funcionários.
Dica Bônus
Evite testes com robôs suspensos: execute programas de movimento apenas quando a máquina tiver apoio firme no solo ou utilize sistemas de travamento que limitem rotações inesperadas durante calibração.
FAQ
1. Qual robô esteve envolvido no incidente?
O modelo G1, apelidado DeREK, da startup REK.
2. Onde ocorreu o episódio?
No laboratório da empresa, localizado na Califórnia, EUA.

Imagem: William R via hardware.com.br
3. Quando o vídeo foi publicado?
Em 19 de julho de 2025, na rede X.
4. Qual o peso e altura do robô?
Pesa 35 kg e mede aproximadamente 1,30 m.
5. O que acionou o comportamento violento?
O robô interpretou que estava caindo porque foi executado um programa de corpo inteiro enquanto ele permanecia preso por um arnês.
6. Houve feridos?
Nenhum funcionário foi ferido, segundo a REK.
7. O robô continua funcional?
Sim; após o impacto, conseguiu se levantar e andar.
8. Qual o objetivo do projeto da REK?
Criar um esporte de combate entre robôs humanoides operados por realidade virtual.
Conclusão
O incidente expôs uma vulnerabilidade operacional nos testes de robôs humanoides e destacou a importância de protocolos que impeçam interpretações equivocadas dos sensores, sobretudo em projetos que envolvem movimentos intensos e controle remoto por realidade virtual.