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ToggleOs celulares dobráveis já deixaram de ser curiosidade de vitrine e passaram a disputar espaço no bolso de quem busca inovação. Um comparativo recente avaliou quatro modelos topo de linha — Motorola Razr 60 Ultra, Samsung Galaxy Z Fold7, Honor Magic V3 e Huawei Mate XT Ultimate Design —, apontando vantagens claras para as duas marcas fabricadas no Brasil. Preço, desempenho e facilidade de uso foram os critérios que mais pesaram na análise.
Preços ainda altos, mas com diferenças relevantes
O estudo mostrou que o Razr 60 Ultra abriu a disputa como o dobrável menos caro, começando em torno de R$ 10 mil no início de agosto. O Galaxy Z Fold7 apareceu na sequência, girando em R$ 14,6 mil. Já os importados Honor Magic V3 e Huawei Mate XT oscilaram de R$ 20 mil a R$ 39 mil, refletindo taxas de importação e ausência de fabricação local.
Segundo os avaliadores, os números se justificam pela presença de telas flexíveis, acabamentos premium e componentes de última geração. No entanto, a diferença de preço evidenciou que produzir em solo nacional ainda representa vantagem competitiva.
Design: finura extrema versus praticidade
Cada aparelho adota uma abordagem distinta. Honor e Samsung mantêm o formato “livro”, abrindo-se lateralmente até chegar perto de um tablet de 8 pol. A Huawei vai além, dobrando duas vezes e chegando a 10,2 pol., num arranjo que recebeu elogios pela engenharia, mas críticas pelo excesso de partes móveis.
A Motorola, por sua vez, aposta no formato “flip”, lembrando os celulares dos anos 2000. Fechado, o Razr 60 Ultra cabe em qualquer bolso; aberto, vira um smartphone convencional de 7 pol. O mecanismo possibilita abrir o aparelho com uma mão, algo impossível nos concorrentes maiores.
Em espessura, os números impressionam. Honor e Samsung ficam perto de 4 mm quando abertos, enquanto o Huawei chega a 3,6 mm e o Motorola, pelo formato, a 7,09 mm. Mesmo assim, todos trazem dobradiças reforçadas para suportar milhares de ciclos sem folga nas articulações.
Desempenho e autonomia: Snapdragon leva vantagem
Nos testes de benchmark, Galaxy Z Fold7 e Razr 60 Ultra lideraram, impulsionados por chips Snapdragon 8 de última geração, 12 GB ou 16 GB de RAM e armazenamento que chega a 1 TB no modelo da Motorola. O Honor, com Snapdragon da geração anterior, ficou em terceiro. O Huawei, equipado com processador Kirin 9010 próprio, obteve a menor pontuação.
A bateria também favoreceu os fabricados localmente. O Razr 60 Ultra sustentou 14 h30 de uso contínuo; o Fold7, 13 h20. Honor marcou 13 h30 e o Huawei não concluiu o teste por falha de software. Mais do que números, a diferença mostra que otimização de hardware e software anda lado a lado.
Fotografia: mais megapixels nem sempre significa melhores fotos
Todos os dobráveis oferecem conjuntos fotográficos avançados, com sensores entre 50 MP e 200 MP. O Fold7 adota o mesmo sensor principal de 200 MP visto no Galaxy S25 Ultra, enquanto Razr 60 Ultra mantém abordagem enxuta, com duas lentes externas. Mesmo com menos câmeras, o aparelho da Motorola entregou imagens bem calibradas, reforçando que qualidade depende do conjunto e não apenas de contagem de megapixels.
Restrições de software atingem a Huawei
O Mate XT Ultimate Design carrega o peso das sanções norte-americanas. Sem acesso aos serviços Google, a marca recorre a aplicativos de terceiros, como GBox e MicroG, para contornar a limitação — procedimento que levanta dúvidas de segurança. Além disso, o modelo não opera em redes 5G no Brasil, detalhe incompatível com o segmento premium em 2025.
FAQ: perguntas frequentes sobre dobráveis 2025
1. Todos os modelos testados têm 5G?
Não. O Huawei Mate XT funciona apenas em 4G.
2. Qual é o mais leve?
Razr 60 Ultra, graças ao formato flip.

Imagem: Internet
3. Qual dobra duas vezes?
Somente o Huawei Mate XT Ultimate Design.
4. O Honor Magic V3 já está à venda no Brasil?
Sim, mas importado e com estoque limitado.
5. Posso abrir o Razr 60 Ultra com uma mão?
Sim, é o único do teste com essa praticidade.
6. Há opção de caneta no Galaxy Z Fold7?
Sim, a Samsung vende a S Pen separadamente.
7. Qual oferece maior armazenamento interno?
Razr 60 Ultra, com até 1 TB.
8. O GBox é seguro?
Não há garantia de atualizações nem auditoria independente, segundo os analistas.
Conclusão
O comparativo confirmou vantagem competitiva para Motorola Razr 60 Ultra e Samsung Galaxy Z Fold7, que equilibram preço, desempenho e suporte local. Honor Magic V3 mostrou boa construção, mas sofre com valor elevado e ciclo de vida curto. Já o Huawei Mate XT surpreende pela ousadia do design, porém perde pontos decisivos ao excluir 5G e depender de soluções paralelas para usar serviços Google. Em um mercado que valoriza liberdade de escolha e integração plena, a produção nacional aliada a especificações equilibradas pesou na balança.
DICA BÔNUS
Mantenha a dobradiça limpa: basta um pano de microfibra seco após cada uso para preservar o mecanismo e prolongar a vida útil do seu dobrável.
Para mais orientações de compra, veja também o nosso Guia de Compras completo, que reúne análises de smartphones e acessórios.
Em resumo, os testes reforçam que nem todo dobrável vale o investimento; avalie preço, suporte e funcionalidades antes de decidir. Aproveite nossas recomendações e continue acompanhando as próximas comparações.