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ToggleQuem planeja registrar momentos debaixo d’água com o smartphone precisa redobrar os cuidados. Embora a maioria dos aparelhos traga algum nível de proteção IP contra líquidos, quase nenhum foi desenvolvido para suportar mergulhos prolongados. Fabricantes deixam claro que a resistência serve apenas para acidentes pontuais, como queda rápida na pia ou na chuva. Ultrapassar esses limites pode anular a garantia e comprometer componentes internos.
Modelos que oferecem modo subaquático
Atualmente, apenas duas marcas comercializadas no Brasil sinalizam a possibilidade de fotografar embaixo d’água sem capa especial. A Oppo libera o recurso nos modelos Reno 13 e Reno 13 F, enquanto a Realme faz o mesmo no Realme 14 Pro. Ao ativar o modo subaquático, o sistema bloqueia o toque na tela, exibe alertas sobre riscos e transfere o disparo da câmera para os botões de volume. Ainda assim, o fabricante restringe o uso a água doce, temperatura ambiente e profundidade limitada a 1,5 m por até 30 min. Após o mergulho, um comando faz os alto-falantes vibrarem para expulsar gotículas.
Motorola, Apple, Samsung e outras empresas oferecem selos IP67, IP68 ou IP69 em aparelhos premium, porém não recomendam qualquer uso submerso. Segundo as marcas, a certificação apenas garante a sobrevivência do dispositivo em eventual contato breve com água, não uma autorização para sessões fotográficas subaquáticas.
Entenda o que significa a classificação IP
O código IP (Ingress Protection) traz dois dígitos. O primeiro indica resistência a poeira; o segundo, a líquidos. Exemplos:
IP67: imersão de até 1 m por 30 min.
IP68: profundidade de 1,5 m pelo mesmo período.
IP69: proteção contra jatos d’água de alta pressão e temperatura.
Nos modelos de entrada, aparecem selos IP53 ou IP54, suficientes apenas para respingos. Qualquer mergulho compromete imediatamente o funcionamento. Mesmo com IP68, a mistura de sal ou cloro acelera a oxidação e pode corroer a placa-mãe.
Equipamentos de proteção indispensáveis
Para quem não abre mão de fotografar em piscinas ou rios, a solução recomendada é usar caixas estanques de policarbonato. Há versões universais que custam de R$ 400 a mais de R$ 1.000, mas nem sempre se ajustam a câmeras múltiplas ou sensores de profundidade. Capas específicas por modelo oferecem vedação mais precisa, porém a disponibilidade varia conforme cada linha de smartphone.
Outra alternativa são as bolsas impermeáveis de PVC, vendidas entre R$ 55 e R$ 80. Elas formam dupla camada de selagem, porém exigem atenção redobrada no fechamento. Qualquer microfuro ou grão de areia inviabiliza a vedação. Em água salgada, a falha expõe o aparelho ao risco de curto-circuito e perda definitiva.
Mesmo fora da água, bolsas impermeáveis servem para blindar o telefone contra umidade, suor e pequenos grãos de areia que arranham a tela. É um investimento mínimo comparado ao preço de reparo em placas danificadas por líquidos.
FAQ: perguntas frequentes sobre fotos subaquáticas
1. Posso mergulhar com qualquer celular IP68?
Não. A certificação cobre apenas imersão acidental e curta, não sessões fotográficas.
2. Água do mar danifica mais rápido que água doce?
Sim. O sal acelera corrosão e afeta alto-falantes, microfones e conexões elétricas.
3. Capas genéricas protegem tanto quanto caixas estanques?
As genéricas podem falhar no encaixe de lentes e botões. Caixas feitas para o modelo específico vedam melhor.

Imagem: Internet
4. O modo subaquático da Oppo dispensa acessórios?
Somente dentro dos limites definidos pela marca: água doce, profundidade rasa e tempo curto. Fora disso, use proteção extra.
5. Perco a garantia se o aparelho molhar?
Sim. Fabricantes deixam claro que danos por líquido estão fora da cobertura.
6. Qual a diferença entre IP67 e IP68 na prática?
IP68 tolera 50 cm extras de profundidade (1,5 m) pelo mesmo tempo de 30 minutos.
7. Existe seguro específico para danos por água?
Algumas seguradoras oferecem planos para acidentes, mas o custo sobe. Leia a apólice para checar exclusões.
8. Como secar o aparelho após contato leve com água?
Desligue imediatamente, enxugue com pano seco e deixe em local ventilado. Não use secador quente.
DICA BÔNUS
Mantenha sempre um pano de microfibra na bolsa: ele remove gotas antes que atinjam portas de carga e melhora a vedação de capas estanques.
Conclusão
Registrar imagens subaquáticas com o celular é possível, mas exige cautela máxima e investimento em acessórios confiáveis. Mesmo modelos com alta certificação IP não foram projetados para choques térmicos, salinidade ou pressão superiores aos testes de laboratório. Ao seguir as recomendações de fabricantes, utilizar capas estanques adequadas e evitar mergulhos profundos, o usuário reduz o risco de prejuízo e garante cliques nítidos sem abrir mão da segurança do equipamento.
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