A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmou, na última sexta-feira (25), que a tarifa de energia passará da bandeira vermelha patamar 1 para a bandeira vermelha patamar 2 a partir de agosto. A mudança acrescentará R$ 7,87 a cada 100 kWh consumidos, quase o dobro dos R$ 4,46 cobrados atualmente.
Três alterações em quatro meses
O acionamento da bandeira vermelha 2 representa a terceira modificação do sistema tarifário em 2025. Em abril, o sinal verde — em vigor desde dezembro de 2024 — deu lugar à bandeira amarela, com acréscimo de R$ 1,885 por 100 kWh. Um mês depois, em maio, a Aneel elevou o patamar para a bandeira vermelha 1, elevando o custo extra para R$ 4,463. Agora, em meio à transição para o período seco, o órgão regulador considerou necessário aplicar o nível mais caro do mecanismo.
Segundo a Aneel, a decisão foi motivada pela redução do volume de chuvas e pelas previsões de vazões abaixo da média nos reservatórios hidrelétricos. Com menor oferta de geração hídrica, aumenta a necessidade de acionar usinas térmicas, cujo custo operacional é mais elevado. Esse cenário pressiona o orçamento das distribuidoras e, consequentemente, dos consumidores.
Como funciona o sistema de bandeiras
Criado para sinalizar mensalmente as condições de geração e os custos de produção, o sistema de bandeiras tarifárias possui quatro faixas:
Bandeira verde – não há cobrança adicional.
Bandeira amarela – acréscimo de R$ 1,885 a cada 100 kWh.
Vermelha patamar 1 – acréscimo de R$ 4,463 a cada 100 kWh.
Vermelha patamar 2 – acréscimo de R$ 7,877 a cada 100 kWh.
Quando o indicador atinge o nível vermelho 2, a Aneel considera que o cenário é o mais desfavorável em termos de custo, o que sinaliza a necessidade de medidas de consumo mais eficientes pela população.
Impacto para o consumidor
Para uma residência que consome 200 kWh mensais, o valor extra passará de R$ 8,92 para R$ 15,74. O aumento tende a pressionar o orçamento doméstico justamente no período em que o uso de aquecedores, chuveiros elétricos e outros aparelhos de alto consumo costuma crescer em várias regiões do país.
Especialistas em eficiência indicam ações simples para amortecer o reajuste: substituir lâmpadas fluorescentes por LED, ajustar a temperatura do chuveiro, retirar equipamentos da tomada quando não estiverem em uso e limitar o funcionamento de eletrodomésticos que produzem frio ou calor, como ar-condicionado e freezers adicionais.
Dica Bônus
Confira no site da sua distribuidora se há programas de bônus por economia. Algumas empresas oferecem descontos adicionais na fatura para quem reduz o consumo percentual em relação ao mesmo período do ano anterior.
FAQ
1. O que muda em agosto?
Entrará em vigor a bandeira vermelha patamar 2, com acréscimo de R$ 7,87 por 100 kWh.

Imagem: techtudo.com.br
2. Por que a Aneel decidiu pelo patamar 2?
Baixo volume de chuvas e previsão de vazões reduzidas elevaram o custo da geração de energia.
3. Quanto minha conta pode subir?
Depende do consumo; cada 100 kWh terão R$ 7,87 extras.
4. A mudança afeta todo o país?
Sim, as bandeiras tarifárias valem para consumidores conectados ao Sistema Interligado Nacional.
5. Qual a diferença entre vermelha 1 e 2?
O patamar 2 tem custo adicional maior e indica condições mais críticas de geração.
6. Quando a bandeira pode voltar a ficar verde?
Somente quando as condições de geração melhorarem, o que depende do regime de chuvas e da recuperação dos reservatórios.
7. O valor extra incide sobre toda a fatura?
Não. Ele é aplicado exclusivamente sobre o consumo de energia, sem incluir impostos ou taxas de distribuição.
8. Como reduzir o impacto?
Praticar uso consciente da energia, adotar equipamentos eficientes e evitar desperdícios são as principais estratégias.
Conclusão
Com a ativação da bandeira vermelha patamar 2 em agosto, o consumidor enfrenta o maior adicional tarifário do sistema de bandeiras; economizar energia torna-se essencial para mitigar o impacto até que as condições hídricas permitam recuar para níveis menos onerosos.