A explosão de vendas de notebooks em 2020 e 2021 atendeu à urgência do home office, mas, quase meia década depois, muitos desses aparelhos já demonstram fadiga crônica. Segundo o analista de infraestrutura Kemps Moreira, a vida útil média de três a cinco anos está se esgotando e os custos de manutenção ultrapassam o benefício de insistir em máquinas de gerações passadas. A seguir, detalhamos os principais indícios de que chegou a hora de aposentar o notebook da pandemia e investir em um modelo novo, mais seguro e produtivo.
Quando a autonomia cai de horas para minutos, o notebook perde sua essência. A degradação química das baterias de íon-lítio, acelerada por centenas de ciclos de carga, faz com que o aparelho dependa da tomada permanentemente. Em situações extremas, o estufamento danifica teclado e trackpad, representando risco de incêndio. Segundo dados do fabricante, trocar a célula pode custar até 40 % do valor de um notebook de entrada atual, inviabilizando a reparação.
Muitos modelos vendidos em plena pandemia vinham com 8 GB de RAM e processadores já defasados. Hoje, sistemas operacionais e aplicativos de videoconferência consomem mais recursos e revelam o chamado bottleneck: o SSD entrega dados rápido demais para um processador limitado. Avaliações indicam que a simples abertura de muitas abas no navegador causa travamentos recorrentes, reduzindo produtividade e aumentando o estresse do usuário.
Ventoinha sempre no máximo, base quente e queda brusca de desempenho indicam que pasta térmica ressecou ou que a saída de ar está obstruída por poeira. Testes laboratoriais mostram que, além de desconfortável, o thermal throttling pode cortar até 40 % da performance nominal do processador. A troca de pasta e limpeza interna exigem mão de obra especializada; somada ao risco de danificar cabos flat, o reparo perde vantagem econômica.
Clique contínuo é sintoma clássico de HDD à beira do colapso, enquanto ruído metálico aponta desgaste na ventoinha. Já o coil whine, zumbido elétrico agudo, surge quando há sobrecarga no circuito. Ignorar esses alertas pode levar à perda total de dados ou à queima de CPU e GPU.
O fim do suporte ao Windows 10 em outubro de 2025 torna urgente migrar para uma versão mais segura do sistema. Entretanto, muitos notebooks de 2020 não trazem o chip TPM 2.0 exigido pela Microsoft, bloqueando a atualização. Permanecer em sistema desatualizado é abrir porta para vírus e ransomware, risco ampliado em ambientes corporativos regidos pela LGPD.
Reinicializações inesperadas e o temido BSOD sinalizam falhas críticas em RAM, SSD ou superaquecimento. De acordo com Moreira, quando as telas azuis passam a ocorrer semanalmente, o reparo costuma demandar peças caras que beiram o preço de um notebook novo com garantia e suporte oficial.
Dobradiça frouxa, carcaça trincada e teclas inoperantes indicam perda de integridade mecânica. Em ultrafinos, teclado e topcase são uma peça só, o que eleva o orçamento da manutenção. Avaliações de mercado mostram que substituir tela ou carcaça pode custar mais de 60 % de um modelo atualizado com 16 GB de RAM e CPU com motor de IA integrado.
1. Vale a pena trocar só a bateria?Se o restante do hardware já demonstra lentidão, o investimento não compensa.
2. Como saber se meu processador faz gargalo?Utilize o Gerenciador de Tarefas: se CPU ou RAM ficam acima de 90 %, há gargalo.
3. Limpeza interna resolve superaquecimento?Ajuda, mas a pasta térmica também precisa ser substituída; serviço exige técnico.
4. Notebook sem TPM 2.0 pode receber Windows 11?Há métodos não oficiais, mas eles removem garantias de segurança.
Imagem: Internet
5. Posso continuar no Windows 10 após 2025?Pode, porém sem atualizações, o que expõe dados pessoais e corporativos.
6. Tela azul esporádica é normal?Uma vez isolada pode ser bug; frequência semanal indica falha de hardware.
7. Conserto de dobradiça é barato?Não. Em muitos ultrafinos, exige troca da tampa completa.
8. Empresas devem adotar política de renovação?Sim, para evitar perda de produtividade e multas por vazamento de dados.
Depois de cinco anos de uso intenso, o notebook da pandemia exibe sinais inequívocos de obsolescência: bateria exaurida, desempenho limitado, superaquecimento crônico e falta de suporte a sistemas seguros. Insistir em reparos pontuais costuma sair mais caro e não resolve o conjunto de problemas. Avalie o custo total de propriedade e considere migrar para um modelo atual, mais rápido e protegido. Se a decisão estiver tomada, pesquise preços, compare especificações e garanta uma compra consciente.
Aproveite promoções de varejistas na troca de aparelhos antigos (trade-in). Algumas marcas oferecem bônus de até R$ 1.000 na compra de notebooks com chips de segurança embarcados, reduzindo o impacto no orçamento e garantindo descarte ambientalmente correto.
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