A partir da versão 1.81, o navegador Brave passa a impedir automaticamente que o recurso Recall, da Microsoft, registre imagens das páginas acessadas pelos usuários. A medida foi anunciada pela desenvolvedora do browser e vale para todos os sistemas que executam o aplicativo, inclusive computadores Copilot+ com Windows 11.
Bloqueio automático a partir da versão 1.81
O Brave indicou que a proteção é ativada logo após a atualização, sem necessidade de configuração manual. O bloqueio utiliza a própria função de exclusão de aplicativos prevista no Recall, evitando que capturas de tela das abas do Brave sejam salvas ou indexadas.
Segundo a empresa, a decisão é motivada pelo risco de que o histórico completo de navegação seja armazenado em um banco de dados local, potencialmente acessível em situações de violência doméstica ou de fiscalização indevida. “Consideramos essencial que a atividade de navegação no Brave não seja registrada de forma persistente”, diz a nota oficial.
Embora o bloqueio seja padrão, o usuário pode reverter a decisão em Configurações > Privacidade, onde há uma chave para autorizar o Recall a registrar conteúdo exibido no navegador.
Recall ainda em pré-visualização e pode ser desativado manualmente
O Microsoft Recall é pré-instalado em PCs Copilot+ e cria capturas periódicas da tela para permitir buscas futuras por textos, imagens ou documentos. A funcionalidade requer ativação explícita do usuário e é protegida por autenticação biométrica via Windows Hello, além de criptografia BitLocker.
Mesmo antes da medida do Brave, o Recall oferecia controles para excluir programas individuais ou sites específicos. Também é possível desligar totalmente a captura de telas. Navegação em modo privado em browsers como Edge, Firefox, Opera e Chrome já vinha sendo omitida das gravações.
Em maio, o aplicativo de mensagens Signal adotou estratégia semelhante ao desabilitar o registro de suas janelas. A decisão do Brave amplia o movimento de aplicativos que buscam impedir o mapeamento involuntário de dados sensíveis.
Até o momento, a Microsoft mantém o Recall em fase de testes e não detalhou se os parâmetros atuais serão mantidos no lançamento definitivo. O Edge, navegador da própria empresa, não aparece na lista de programas que podem ser excluídos diretamente, o que limita a aplicação dos filtros dentro do ecossistema nativo.
FAQ
1. O que muda para quem usa o Brave?
O Recall deixa de registrar automaticamente capturas das abas do Brave a partir da versão 1.81.
2. Preciso ativar algo para ter o bloqueio?
Não. A proteção é habilitada por padrão após atualizar o navegador.
3. Posso permitir o Recall caso queira?
Sim. Há um interruptor nas configurações do Brave que libera o recurso.
4. O bloqueio afeta outros navegadores?
Não. A alteração vale apenas para o Brave; Chrome, Edge e Firefox continuam sob as regras originais do Recall.
5. O Recall está ativo em todos os computadores?
O recurso só aparece em PCs Copilot+ e precisa ser aprovado pelo usuário na primeira execução.
6. Como desativar o Recall completamente?
Abra Configurações do Windows > Privacidade e segurança > Recall e histórico > desative a opção de capturas.
7. O bloqueio do Brave interfere em outras funções do Windows?
Não. A medida apenas impede que o Recall capture imagens das páginas abertas no Brave.
8. A Microsoft pode alterar esse comportamento no futuro?
Sim. Como o Recall está em pré-visualização, ajustes podem ocorrer antes do lançamento estável.
Conclusão
Ao desativar o Microsoft Recall por padrão, o Brave reforça sua postura voltada à privacidade e fornece aos usuários um controle adicional sobre o que é registrado em seu dispositivo, sem impedir quem queira manter o recurso ativo.